Os intelequituáiz brazucas são do peru mesmo. Um dos bam-bam-bãs da trupe hilária, não contente com a proteção abusiva da classe para com a marginalia que faz das cidades verdadeiras prisões para o cidadão comum, agora propõe que a violência urbana seja combatida por meio de uma guerra verbal, na qual o mais importante é parar de usar certas palavras, colocando outras no lugar, fazendo profissão de fé no discurso politicamente correto como ferramenta de pacificação social. Segundo ele, o Capitão Gay, a antiga personagem de Jô Soares, foi fundamental para acabar com o preconceito contra homossexuais, porque, dada a carga cômica do termo ali imprimida, os próprios acabaram assim se intitulando e os heteros acabaram incorporando a novidade, admitindo o fato graças ao aspecto humorístico. E o camarada ainda se diz, no mesmo texto da incrível proposta, um pragmatista, inaugurando o utilitarismo verbal hierarquicamente superior ao agir. Este samba do crioulo doido manco e cego não seria dito nem numa orgia entre George Clooney e Michael Moore. Claro, nessa terra dá para esperar até coisa pior. Alguém poderia dizer que só mesmo vindo de quem veio, mas não, nem mesmo dele se poderia esperar tamanha insanidade, não, isso não era de se esperar nem mesmo do Sr. Paulo Giradhelli Jr.
Que um metafísico dê ao aspecto cultural um valor e utilidade desse naipe é coisa esperada. Que um camarada que se diz pragmatista o faça, só rindo mesmo. Claro, do alto da sua ôtoridade intelequituau ele pode invocar ser o Senhor da Guerra do pragmatismo nesta terra. O brasão que mais ostenta é sua amizade com o recém-falecido filósofo Richard Rorty, o papa da coisa no mundo. Sendo assim, basta ser amigo de Pelé para se tornar um grande futebolista. Verdade seja dita, ele realmente produz textos sobre o tema, mas o que mais se vê e se lê são artigos estritamente políticos. Cada qual que compre a fé que lhe convém, Giradhelli é assumidamente de esquerda, mas há coisas que ultrapassam o absurdo.
A violência, se tem alguma ligação com o discurso politicamente correto, é no sentido inverso do proposto pelo articulista. O politicamente correto é que vende a idéia de que criminosos são vítimas: da sociedade capitalista, do estado incompetente, da família retrógrada, da escola opressora, do patrão explorador, da igreja repressora, etc. Meninos que matam velhinhas a pauladas, estupram semanas seguidas uma mesma moça amarrada, tacam fogo em pessoas dormindo ao léu, não são chamados de criminosos ou monstros, nem mesmo de loucos, insanos; de modo algum, o discurso politicamente correto de há muito usa outros termos para essas pessoas. O discurso politicamente correto é o discurso das CDH´s Brasil afora, é o discurso do Sr. Padre Roque, ex-deputado federal petista pelo Paraná, aquele que respondeu o seguinte ao pedido de agentes penitenciários para que confortasse a família do colega morto numa rebelião encerrada minutos antes: Estou aqui para defender o direito dos presos. Discurso politicamente correto é aquele que tem uma milícia em jornais e toda sorte de produtores culturais, é aquele o governo petista quis enfiar goela abaixo por via de uma cartilha custeada com dinheiro de impostos sabendo que faltam livros e cadernos nas escolas, é aquele que em filmes e novelas vem chamando prostitutas e michês de profissionais do sexo, é aquele que faz entupir delegacias e fóruns de querelas de vizinhos por conta de xingamentos no calor do momento e sem nenhuma conseqüência prática visível, é aquele que permite que hoje os alunos debochem dos professores ou cate coisa pior.
Em Portugal a bola de futebol é chamada de esférico. Porém, mesmo lá, quando balança as redes do adversário pelo lado de dentro, é gol. Gol é gol, em qualquer lugar, não importa como se chame a redonda. Um assassino é aquele que mata, um estuprador é aquele que estupra, viado é viado, preto é preto e vagabundo é vagabundo. Mas a patrulha politicamente correta quer porque quer que os chamemos de outros nomes. Claro que não é a toa, é para daí não os identificarmos como aquilo que realmente são. Respeito ao próximo ignorando o que ele realmente seja não é respeito ao próximo, mas ao que nele vejo de comum, o que nele vejo de mim. Mas uma obviedade dessas é lógica demais para essa gente, que, aliás, tem uma maioria que vive a dizer que a razão não é suficiente a explicar o mundo. É preciso que cada um seja bem identificado conforme o que faz e o que pensa para, daí sim, se ter o respeito pelas diferenças.
Preconceitos e ofensas não são as causas da onda de violência urbana que assola o Brasil. Por mais que possa gerar violência, não é preconceito ou racismo que leva um adolescente a estuprar uma moça rendida dias e dias sem parar. As balas perdidas do Rio de Janeiro podem não ter destino certo, mas têm origem: saem das armas de traficantes de drogas e não há masturbação intelectual que consiga, com um mínimo de respeito à lógica e aos fatos, demonstrar que é o uso de tais ou quais palavras que leva os bandidos a dispararem. O PCC não foi formado para pedir respeito a seus membros e sim para render o estado e gerar pavor na sociedade. Não será chamando um bandido de vítima da sociedade que o mesmo deixará de praticar seu banditismo.
Intolerância, preconceito, racismo, sexismos e quejandos são todas condutas condenáveis, moral e racionalmente, se se trata de condutas e não de mera opinião genérica. Mas não é isto que gera violência, não é isto que aumenta a violência, não é isto que faz de grandes cidades brasileiras o inferno na Terra. Pode-se apontar milhares de causas, do desemprego às patologias psiquiátricas, mas dizer que o uso de certas palavras gera violência é muita coisa, é especulação demais até para o mais abstrato dos filósofos.
Todo crime é uma ação voluntária e consciente, portanto, todo crime é uma escolha. Economia, psicologia e azar podem explicar a história do criminoso até aquele momento, mas ele sempre pode escolher não atirar, não roubar, não estuprar. Nada fazer é sempre mais fácil que algo fazer e cometer um crime é fazer algo, portanto, o criminoso sai de uma inércia e age de um dado modo. Diante da miríade de possibilidades, escolhe uma. Escolhida dada conduta, que responda por isto. E, qualquer que seja a sua história de vida, sempre será um criminoso, talvez um criminoso que até mereça nosso perdão e compreensão, mas ainda assim um criminoso.
Aqui pode ser lida toda a insanidade: http://br.groups.yahoo.com/group/Acropolis_/message/32090 .
Não há fórmula mágica para o combate à violência, nem mesmo a velha cantilena da pobreza é absolutamente válida ou inválida, não há relação direta entre PIB e violência, entre renda per capita e violência, nem mesmo entre IDH e violência. O problema é sério e a pior maneira de enfrentá-lo é deixar de dar nomes aos bois e de classificar as condutas das pessoas conforme aquilo que são: crimes, estupros, assassinatos, roubos. Pior ainda se para além disto se começar a tratar os criminosos como coisa diferente do que realmente são: criminosos. O nosso planeta se chama Terra e mesmo assim é muito mais água que terra.
Que um metafísico dê ao aspecto cultural um valor e utilidade desse naipe é coisa esperada. Que um camarada que se diz pragmatista o faça, só rindo mesmo. Claro, do alto da sua ôtoridade intelequituau ele pode invocar ser o Senhor da Guerra do pragmatismo nesta terra. O brasão que mais ostenta é sua amizade com o recém-falecido filósofo Richard Rorty, o papa da coisa no mundo. Sendo assim, basta ser amigo de Pelé para se tornar um grande futebolista. Verdade seja dita, ele realmente produz textos sobre o tema, mas o que mais se vê e se lê são artigos estritamente políticos. Cada qual que compre a fé que lhe convém, Giradhelli é assumidamente de esquerda, mas há coisas que ultrapassam o absurdo.
A violência, se tem alguma ligação com o discurso politicamente correto, é no sentido inverso do proposto pelo articulista. O politicamente correto é que vende a idéia de que criminosos são vítimas: da sociedade capitalista, do estado incompetente, da família retrógrada, da escola opressora, do patrão explorador, da igreja repressora, etc. Meninos que matam velhinhas a pauladas, estupram semanas seguidas uma mesma moça amarrada, tacam fogo em pessoas dormindo ao léu, não são chamados de criminosos ou monstros, nem mesmo de loucos, insanos; de modo algum, o discurso politicamente correto de há muito usa outros termos para essas pessoas. O discurso politicamente correto é o discurso das CDH´s Brasil afora, é o discurso do Sr. Padre Roque, ex-deputado federal petista pelo Paraná, aquele que respondeu o seguinte ao pedido de agentes penitenciários para que confortasse a família do colega morto numa rebelião encerrada minutos antes: Estou aqui para defender o direito dos presos. Discurso politicamente correto é aquele que tem uma milícia em jornais e toda sorte de produtores culturais, é aquele o governo petista quis enfiar goela abaixo por via de uma cartilha custeada com dinheiro de impostos sabendo que faltam livros e cadernos nas escolas, é aquele que em filmes e novelas vem chamando prostitutas e michês de profissionais do sexo, é aquele que faz entupir delegacias e fóruns de querelas de vizinhos por conta de xingamentos no calor do momento e sem nenhuma conseqüência prática visível, é aquele que permite que hoje os alunos debochem dos professores ou cate coisa pior.
Em Portugal a bola de futebol é chamada de esférico. Porém, mesmo lá, quando balança as redes do adversário pelo lado de dentro, é gol. Gol é gol, em qualquer lugar, não importa como se chame a redonda. Um assassino é aquele que mata, um estuprador é aquele que estupra, viado é viado, preto é preto e vagabundo é vagabundo. Mas a patrulha politicamente correta quer porque quer que os chamemos de outros nomes. Claro que não é a toa, é para daí não os identificarmos como aquilo que realmente são. Respeito ao próximo ignorando o que ele realmente seja não é respeito ao próximo, mas ao que nele vejo de comum, o que nele vejo de mim. Mas uma obviedade dessas é lógica demais para essa gente, que, aliás, tem uma maioria que vive a dizer que a razão não é suficiente a explicar o mundo. É preciso que cada um seja bem identificado conforme o que faz e o que pensa para, daí sim, se ter o respeito pelas diferenças.
Preconceitos e ofensas não são as causas da onda de violência urbana que assola o Brasil. Por mais que possa gerar violência, não é preconceito ou racismo que leva um adolescente a estuprar uma moça rendida dias e dias sem parar. As balas perdidas do Rio de Janeiro podem não ter destino certo, mas têm origem: saem das armas de traficantes de drogas e não há masturbação intelectual que consiga, com um mínimo de respeito à lógica e aos fatos, demonstrar que é o uso de tais ou quais palavras que leva os bandidos a dispararem. O PCC não foi formado para pedir respeito a seus membros e sim para render o estado e gerar pavor na sociedade. Não será chamando um bandido de vítima da sociedade que o mesmo deixará de praticar seu banditismo.
Intolerância, preconceito, racismo, sexismos e quejandos são todas condutas condenáveis, moral e racionalmente, se se trata de condutas e não de mera opinião genérica. Mas não é isto que gera violência, não é isto que aumenta a violência, não é isto que faz de grandes cidades brasileiras o inferno na Terra. Pode-se apontar milhares de causas, do desemprego às patologias psiquiátricas, mas dizer que o uso de certas palavras gera violência é muita coisa, é especulação demais até para o mais abstrato dos filósofos.
Todo crime é uma ação voluntária e consciente, portanto, todo crime é uma escolha. Economia, psicologia e azar podem explicar a história do criminoso até aquele momento, mas ele sempre pode escolher não atirar, não roubar, não estuprar. Nada fazer é sempre mais fácil que algo fazer e cometer um crime é fazer algo, portanto, o criminoso sai de uma inércia e age de um dado modo. Diante da miríade de possibilidades, escolhe uma. Escolhida dada conduta, que responda por isto. E, qualquer que seja a sua história de vida, sempre será um criminoso, talvez um criminoso que até mereça nosso perdão e compreensão, mas ainda assim um criminoso.
Aqui pode ser lida toda a insanidade: http://br.groups.yahoo.com/group/Acropolis_/message/32090 .
Não há fórmula mágica para o combate à violência, nem mesmo a velha cantilena da pobreza é absolutamente válida ou inválida, não há relação direta entre PIB e violência, entre renda per capita e violência, nem mesmo entre IDH e violência. O problema é sério e a pior maneira de enfrentá-lo é deixar de dar nomes aos bois e de classificar as condutas das pessoas conforme aquilo que são: crimes, estupros, assassinatos, roubos. Pior ainda se para além disto se começar a tratar os criminosos como coisa diferente do que realmente são: criminosos. O nosso planeta se chama Terra e mesmo assim é muito mais água que terra.
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