quarta-feira, 31 de outubro de 2007

GRADES DE MIGALHAS

Mais uma anedota:


Havia um professor de química em um grande colégio com alunos de intercâmbio em sua turma. Um dia, enquanto a turma estava no laboratório, o professor notou um jovem do intercâmbio que continuamente coçava as costas e se esticava como se elas doessem.
O professor perguntou ao jovem qual era o problema. O aluno respondeu que tinha uma bala alojada nas costas pois tinha sido alvejado enquanto lutava contra os comunistas de seu país nativo que estavam tentando derrubar seu governo e instalar um novo regime, um "outro mundo possível".
No meio da sua história ele olhou para o professor e fez uma estranha pergunta: "O senhor sabe como se capturam porcos selvagens?"
O professor achou que se tratava de uma piada e esperava uma resposta engraçada. O jovem disse que não era piada.
"Você captura porcos selvagens encontrando um lugar adequado na floresta e colocando algum milho no chão. Os porcos vêm todos os dias comer o milho gratuito. Quando eles se acostumam a vir todos os dias, você coloca uma cerca mas só em um lado do lugar em que eles se acostumaram a vir. Quando eles se acostumam com a cerca, ele voltam a comer o milho e você coloca um outro lado da cerca. Mais uma vez eles se acostumam e voltam a comer. Você continua desse jeito até colocar os quatro lados da cerca em volta deles com uma porta no último lado. Os porcos que já se acostumaram ao milho fácil e às cercas, começam a vir sozinhos pela entrada. Você então fecha a porteira e captura o grupo todo."
Assim, em um segundo, os porcos perdem sua liberdade. Eles ficam correndo e dando voltas dentro da cerca, mas já foram pegos. Logo, voltam a comer o milho fácil e gratuito. Eles ficarão tão acostumados a ele que esquecerão como caçar na floresta, por si próprios, o seu alimento, e por isso aceitam a servidão." O jovem então disse ao professor que era exatamente isso que ele via acontecer neste país. O governo ficava empurrando-os para o comunismo e o socialismo e espalhando o milho gratuito na forma de programas de auxílio de renda, bolsas isso e aquilo, impostos variados, estatutos de "proteção", cotas para estes e aqueles, subsídio para todo tipo de coisa, pagamentos para não plantar, programas de "bem-estar social", medicina e medicamentos "gratuitos", sempre e sempre novas leis, etc, tudo ao custo da perda contínua das liberdades, migalha a migalha. Devemos sempre lembrar que "Não existe esse negócio de almoço grátis" e também que "não é possível alguém prestar um serviço mais barato do que seria se você mesmo o fizesse".

ESMIUÇANDO

Capitalismo é o bônus do ônus.
Bônus sem ônus é corrupção.
Ônus sem bônus é ditadura.

segunda-feira, 29 de outubro de 2007

A RAÇÃO DA TARTARUGA

Discutam os çábios jurídikos o quanto quiserem, mas a razão pela tradicional e já absurda demora na “prestação jurisdicional” (em português usual: trabalhar) é bem simples: falta trabalho e sobra burocracia. Não são os recursos que emperram o processo, é juiz jogando tênis em horário de trabalho, é o excesso de carimbos e carimbadores, de assinaturas, de bobagens mil, cada vez mais anacrônicas.

Veja-se, por exemplo, o caso do Fórum de Ribeirão Preto. Segundo o ilustríssimo e excelentíssimo doutor senhor diretor do mesmo, há tantos insetos por ali que se faz urgente a dedetização do prédio. Agindo com o rigor que se espera de um membro do judiciário, não titubeou e contratou o serviço, agendado para o dia 16 de novembro, exatamente entre a quinta 15, feriado, e o sábado 17. Simples assim.

A EMPOLATRIA ASININA

Copiando estilo alheio, trago a anedota abaixo e “depois volto”.

Um gerente de vendas recebeu o seguinte fax de um dos seus novos vendedores:

“Seo Gomis o criente de Belzonte pidiu mais cuatrucenta pessa. Faz favor toma asprovidenssa. Abrasso, Nirso”

Aproximadamente uma hora depois, o gerente Gomes recebeu outro fax...

“Seo Gomis, os relatório di venda vai xega atrazado proque to fexando umas venda. Temo que mandá treis mil pessa. Amanhã tô xegando. Abraço, Nirso”

No dia seguinte...

“Seo Gomis, num xeguei pucausa de que vendi maiz deis mil em Beraba. To indo pra Brazilha. Abrasso, Nirso”

No outro dia...

“Seo Gomis, Brazilha fexo 20 mil. Vo pra Frolinopolis e de lá pra Sum Paulo no vinhão das cete hora. Abrasso, Nirso”

E assim foi o mês inteiro. O gerente, muito preocupado com a imagem da empresa, levou ao presidente as mensagens que recebeu do vendedor semi-analfabeto

O presidente, homem muito preocupado com o desenvolvimento da empresa e com a cultura dos funcionários, escutou atentamente o gerente e disse:

Deixe as mensagens comigo. Vou ler e tomar as providências necessárias.

E tomou... Redigiu de próprio punho o seguinte aviso, para ser afixado no mural da empresa, ao lado das mensagens de fax do vendedor Nirso:

“A parti de oje nóis tudo vamo fazê feito o Nirso. Si preocupá menos em iscrevê serto, modo vendê maiz. Acinado, O Prizidenti”

Nossos invejáveis intelequituais são como o Seo Gomi, ainda que defendam o “direito” de cada um falar do jeito que bem entende, mas só, claro, quando se trata de falar contrariamente à gramática universal. É que por mais que digam que cada qual tem seu próprio modo de comunicar, no mérito, são exatamente como o gerente acima, cheios de fru-frus, mas substância mesma que é bom, necas. E dá-lhe discurso politicamente correto, com empolações e plumagens mil, mas conteúdo praticamente nenhum, quando muito. Usam e abusam da obscuridade, dos termos herméticos, das citações, do uso descontextualizado de informações científicas, mas ao fim tem-se o de sempre: pajelança, ritualismos e, claro, a idolatria desmedida pela ditadura “esclarecida”. No frigir dos ovos, em miúdos, no português claro, quase sempre é disto que se trata com estes nossos amantes do poder. Não se deixe enganar, por mais que defendam o modo Mano Brown de ser e falar, eles não são um Nirso, não vendem, não produzem, não comunicam, eles são só mais um Seo Gomi, preocupados em discutir tudo e fazer nada.

terça-feira, 23 de outubro de 2007

KIERKGAARDIANAS - OU, RIDUM EST

Como já foi dito aqui, noutra oportunidade, é atribuído a Kierkgaard o seguinte; um homem que não ri de si mesmo não merece ser levado a sério. Nessa esteira, convém reverberar esse texto sobre blogs, contribuindo ao final com um auto-sarcasmo.

A GALINHA ATRAVESSOU A RUA

Sim, atravessou. Foi de uma calçada até a outra e chegou sã e salva. Ponto final. Mas como é que alguns colunistas e blogueiros noticiariam tal fato?

A ver:

Emir Sader
O neoliberalismo e a imprensa golpista fizeram com que a galinha se exilasse no outro lado da rua. Estamos encaminhando um abaixo-assinado para evitar que isso se repita e protestar contra essa direita pavorosa que suprime os direitos dos galináceos.

Reinaldo Azevedo
Deu na Folha, volto depois: "Galinha Atravessou a Rua - Uma galinha foi de uma calçada para a outra, chegando sã e salva".
Voltei
Viram só? É mais um petralha fugindo! Eles só sabem fazer isso! Fugiu, amarelou! Foi para o outro lado da rua!

Mino Carta
Lembro com certa nostalgia quando nos sentamos, para uma conversa amigável, o cônsul-geral da Itália em São Paulo, o então correspondente internacional do Le Monde, eu… e a galinha! Ela lá estava, sempre quieta, sempre a beber moderadamente seu Blue Label. Num dia, falaram sobre atravessar a rua. E me lembro bem da conversa, pois tenho comigo minha memória, e sem dúvida é esta a maior riqueza dos justos. Pois então:a galinha, até então sempre quieta e reservada, naquele dia achou de dizer que jamais faria isso. Gritou, e eu lembro, que jamais atravessaria a rua. Coisas da vida.

Olavo de Carvalho
A travessia da galinha é pura manobra baseada nos princípios gramscianos em que se funda a atual corja comunista do Brasil. Tentam, com isso, desviar nossa atenção, fingindo que tal fato é uma notícia. Ao mesmo tempo, obviamente, estão aí, a olhos vistos e em plena luz do dia, cumprindo com todos os protocolos estabelecidos pelo Foro de São Paulo.

Paulo Henrique Amorim
A galinha foi chutada pelo Governador Eleito José Serra
- E a mando da Rede Globo
- Ou então foi Serra que mandou a Globo chutá-la.
- Ou então a galinha fugiu de ambos, que seguramente a chutariam.
- Ou então os dois são a galinha, e fugiram provavelmente com medo.
- Bom, sei lá. O que quer que tenha havido, é culpa do Serra e da Globo.

Diogo Mainardi
A galinha foge de Lula. A galinha não agüenta Lula. A galinha não quer mais ouvir falar de Lula. A galinha até votou em Lula, mas se arrependeu. A galinha vaiou Lula, mas tem medo de confessar. Querem que sejamos galinhas. Enquanto isso, ouve-se do Planalto: Cocoricó! Cocoricó! Cocoricó!

Luis Nassif
Tenho aqui (ver em pdf) o estudo realizado por cinco cientistas de Omsk intitulado "Travessia de Galinhas". Sobre isso, inclusive, falei na semana passada (ver aba "Galinha Atravessando a Rua"). O leitor Parmênides trouxe impressionante contribuição que transcrevo a seguir, com gráficos e tabelas. É um trabalho interessante, de fato. E aguardo, para amanhã, uma dissertação de mestrado que joga um pouco mais de luz sobre essa questão.

Josias de Souza
A Galinha Foi a Pé
(algum gif animado bem sem graça, como uma galinha pulando, ou caminhando infinitamente, ou algo do gênero)
Em tempos de caos aéreo, as galinhas precavidas fogem dos aeroportos e preferem atravessar a rua caminhando.

Qualquer Blog de Direitista Truculento
Acabou-se a moral! É hora de se tomar de volta o poder deste país, para restabelecer a ordem! Quem terá coragem de fechar esse Congresso?

Qualquer Blog de Esquerdista que Baba
A culpa é do PFL e do PSDB e do capitalismo e do neoliberalismo e das multinacionais e dos transgênicos e do aquecimento global e da globalização e da Globo e da mídia golpista e do açlskjdfaçlskdjfaçdkfj…

Ricardo Noblat
O deputado Hermenegildo Cloaquinha, membro da "CPI da Galinha", informou por telefone que a galinha é na verdade um pato. E não atravessou a rua, mas sim um rio.
(meia hora depois)
O deputado voltou atrás, negando que dissera aquilo tudo. Então, prevalece a versão de que foi uma galinha que atrevessou a rua.

E, neste amado, invejado e idolatrado blog seria assim:
Há coisas e coisas e convém separá-las e assim mantê-las. Do acontecido mais falado destes tempos, a travessia da galinha, nossos amados inteliquituais asseveram que é por pressão da sociedade consumista. É fato que a galinha realmente atravessou a rua em direção a uma loja, saída que vinha duma agência bancária. Os dotôs, contudo, não informam, porque não sabem ou porque não querem, que a tal loja era de aparelhos ortopédicos, precisada que estava de uma bota do tipo. Também não dizem que ela tentou conseguir o tal sapato especial no SUS, mas não conseguiu e ainda bateu às portas do judiciário em busca de uma liminar, o qual, depois de ministros das altas cortes ganharem umas viagens pagas pelo ministério da saúde, começou a mudar seu entendimento a respeito da obrigação do estado fornecer remédios e similares a todos quantos precisem, dizendo agora que obrigar a cumprir sua obrigação provocará a quebra do mesmo, como se não houvesse dinheiro suficiente sendo tungado da população economicamente ativa. Tampouco lembram que o tal empréstimo conseguido no banco só foi possível porque ela hipotecou sua chácara, comprada com o suor de anos de trabalho. Para variar, nossos çábius confundem os fatos com as versões, criadas por eles mesmo, coisa que muita gente chama de devaneio, outros, conforme o contexto, de paranóia.

domingo, 21 de outubro de 2007

PRI

Do Millor:

I Agora o senhor aprendeu, doutor Renan Calheiros: "Amigos, amigos, amizades à parte".

II E que vão para o inferno os burocratas (uma praga indestrutível e inevitável, e insubstituível, desde que o pré-homem inventou a civilização) que, mais uma vez, jogam em cima de mim esse maldito "horário de verão". Com o qual mexem no meu dia-a-dia e invadem meu metabolismo. Repito, e não repito mais: só respeito um Verão, a Vera (Fischer).

III Sempre que vejo a campanha e a arrecadação gigantescas do Criança Esperança, me vem logo o pensamento: "Vai faltar criança".

IV Toma nota aí, pessoal – todo mundo saiu do armário. Os jornais contam que havia aproximadamente 2 milhões de pessoas na parada gay, em Copacabana. Afetado, digo pro meu amigo Rebelo: "Bróder, diante desses números, não há como negar: um de nós dois é".

V Este ano o Brasil atingiu o recorde anual de vendas de automóveis: 2 milhões de veículos. E eles comemoram!

VI Pela segurança, entusiasmo e capacidade de convencer a patuléia, inteleqtuais incluídos, de qualquer absurdo de que nem ele mesmo sabe do que se trata, desconfio muito que Lula andou lendo Mein Kampf. Vai ver que até em alemão. Só que Hitler era muito mais culto. Mais safo. E com inimigos mais definidos.

VII Ninguém diz que é de direita, essa posição maldita. E de esquerda, essa posição sacrossanta, é quem diz que é.

VIII Fenômeno internacional – verifiquem em qualquer língua –, querem dizer década e escrevem milênio. Exemplos: "na década de 1970", "na década de 1830", "na década de 1710". Pô, pessoal de todas as línguas, década se refere a 10 anos, não a século, muito menos a milênio. O certo, compreensível, é escrever: "Na década de 70, na década de 20, na década de 50". Olhem, coleguinhas intelequituais, arranjem maneira de deixar claro a que década estão se referindo. Não joguem o problema em cima do leitor, que já está fazendo o sacrifício de ler vocês.
em cima do leitor, que já está fazendo o sacrifício de ler vocês.

IX Ainda vale citar Lenine: "O que é um assalto a um banco diante de um banco?". Ou é melhor melhorar Lenine?: "O que é um assalto a um banco quando os bancos nos assaltam por meio de tarifas, tarifas, tarifas e registros contábeis misteriosos, até indecifráveis?". Sem que os banqueiros se arrisquem. Nos assaltam em casa. Sem sair de casa. Leio que nas obras do Metrô de São Paulo um dos lados da abertura não se encontrou com o do lado oposto. Os construtores se justificaram: adotaram a estratégia chinesa de construção, no tempo em que a China ainda não era um país capitalista. Como lá havia pouca engenharia e muita mão-de-obra, eles colocavam 1 000 trabalhadores num lado da montanha e 1 000 do outro lado. Se se encontrassem, faziam um túnel. Se não se encontrassem, faziam dois.

X Leio que nas obras do Metrô de São Paulo um dos lados da abertura não se encontrou com o do lado oposto. Os construtores se justificaram: adotaram a estratégia chinesa de construção, no tempo em que a China ainda não era um país capitalista. Como lá havia pouca engenharia e muita mão-de-obra, eles colocavam 1 000 trabalhadores num lado da montanha e 1 000 do outro lado. Se se encontrassem, faziam um túnel. Se não se encontrassem, faziam dois.

quinta-feira, 18 de outubro de 2007

GAGAÍSMO GENIÁTRICO

A inveja é uma merda, certo. E é pecado, certo também. Mas que temos, temos. E é razoável, de certa forma, que a tenhamos, afinal, nos serve de impulso muitas vezes. Por que não invejar Ghandi ou Pelé que seja? Sabedoria e talento não exatamente males a serem evitados. Por exemplo, alguém pode invejar pessoas que, de algum modo, fazem do mundo um lugar um pouco diferente, marcam presença na história. Claro, convém saber da história toda, para não se meter a defender bandidos, como Rimbaud, o poeta traficante de mulheres. Digamos os doutores James Watson e Francis Crick, que acabaram por, digamos assim, inventar a genética, cujas contribuições, para o bem e para o mal já mudaram a cara do mundo, descobridores do DNA, RNA e da estrutura helicoidal do primeiro, a famosa dupla-hélice. Como muitos outro gênios da ciência, alternam teorias fantásticas com bobagens homéricas, como a recentemente deflagrada, a de que negros são menos inteligentes do que brancos porque é uma obviedade que seres geograficamente distantes não podem ter a mesma evolução. Humanos, erram mais que acertam, perdoa-se, mas é de se registrar a besteira.

A tese, que será parte de um livro de lançamento em breve, já foi defendida por outros dois picaretas, autores do livro “A curva do sino”, em que pretendiam provar de uma vez por todas que negros são inferiores a brancos. A pesquisa mostrou-se fraudulenta e o livro caiu no esquecimento. Watson chega a dizer que o fato de querermos que a humanidade seja igual não fará com que efetivamente seja. Tem toda razão o doutor, mas não há fato algum que evidencie que seres de uma mesma espécie possam ter diferenças significativas num curto período de tempo, bio-geologicamente falando, por mais que grupos se desenvolvam em distancias razoáveis. Fosse assim, grosso modo, os cães da África miariam.

O problema todo começa, claro, no conceito de inteligência. O mais sintético, e, por isto mesmo, menos controverso, conceito de inteligência dá conta de que esta é a capacidade de adequar os meios aos fins. Difícil imaginar que negros não sejam igualmente capazes a brancos na hora de decidir qual ferramenta usar para fixar uma tábua na parede, se uma chave de boca ou um martelo. É bom lembrar que, embora nos seja uma nota deveras distintiva, a inteligência, não é um fator determinante na sobrevivência de uma espécie. Mesmo ampliando-se o conceito, temos que alterações do potencial cognitivo levam centenas de milhares de anos, ou mais, bem mais do que o tempo em que grupos humanos se espalharam mundo afora.

A ciência atual não fornece nenhuma evidência de que haja diferenças genéticas a produzir significativas diferenças cognitivas entre dois homens. Antes pelo contrário.

Não é de hoje que o doutor Watson diz coisas polêmicas, ele já atirou contra as mulheres e a favor da melhoria genética da espécie humana, um upgrade da eugenia nazista. Pode ser que o faça para causar polêmica mesmo, para atrair mais interessados nos seus projetos. Um deles, o mapeamento genético humano, já se exauriu e talvez ele esteja buscando novas fontes de recursos. Infelizmente, também a ciência precisa de marketing para se manter e, neste sentido, falem mal mas falem de mim é uma máxima poderosa.

Convém lembrar que nem tudo que um cientista diz é científico. Esta aí a prova.

segunda-feira, 15 de outubro de 2007

2+2=2+1

É uma atrás da outra com esses nossos intelequituáiz. Um doutorzão, adevogado, constitussionalizta, dotô Alexandre de Moraes, defende o projeto dos chips da prefeitura paulistana. Ele diz hoje na FSP que o povo pode ficar tranqüilo, que não há chance de os bandidos obterem acesso aos dados recolhidos pela prefeitura porque, textualmente, “serão absolutamente sigilosos, sem nenhuma utilização fora das hipóteses legais, como já ocorre em outras metrópoles, como Londres (Inglaterra) ". É gentileza o MEC cassar o diploma dos asnos que ensinaram esse dotô (ruim é a parteira...), pois ele não sabe que bandidos são bandidos porque não respeitam a lei.

O pior é que o camarada escreve livros para estudantes de direito. O futuro se torna cada vez mais sombrio.

sábado, 13 de outubro de 2007

SALÁRIO-CRIME

É realmente fácil falar mal de um governo. Por isto mesmo, chega a ser um dever cívico. Vá lá que com isto aqui e ali acabe se falando de coisa nem tão importantes assim. Há casos, porém, em que os governos facilitam ainda mais a coisa. No Brasil, todos eles têm ajudado bastante a fundamentar a máxima guevariana: se há governo, sou contra. Pois o governo do Operário Supremo deu a maior contribuição jamais vista para a coisa. Esqueça qualquer outra crítica já feita ao mandarinato petista, elas chegam a ser café pequeno perto do que foi feito essa semana: com o lançamento do programa de estímulo ao abandono de crianças, Lula entra para a história como o presidente de menor apreço pela vida humana e pelo trabalho honesto.

O programa de estímulo ao abandono de crianças é chamado pelo governo petista de Programa Social Criança e Adolescente. Até o ano 2.010 o PT pretende gastar quase 3 bilhões de reais ajudando, preste bastante atenção agora, ajudando famílias que tenham abandonado suas próprias crianças. Para cada criança retomada de uma instituição qualquer, a família receberá R$ 1.500,00. Esmiuçando bem: a família Monstro larga a criança na rua, uma instituição qualquer a recolhe, Lula acena com a grana fácil, a família Monstro vai lá na instituição, pega a criança, recebe a grana, gasta e joga a pequena na rua de novo. Lula está pagando por cada criança abandonada neste país. É um prêmio para o crime de abandono (artigo 134 do Código Penal), mas o que é uma lei diante da necessidade de se comprar votos?

É desumana a idéia. Não há um só ser humano normal que abandone crianças e não há desculpas financeiras para isto, sabe-o bem qualquer humano de inteligência próxima da normal. Aliás, até animais as adotam, há diversas histórias e anedotas de cães, gatos e até cavalos que atacam pais que maltratam crianças. Mesmo entre marginais crianças são sagradas. Abandono de criança é simplesmente o cúmulo da baixeza moral. Esse governo maldito está incentivando o que há de pior nas pessoas.

A coisa é muito simples: não se deve premiar ou remediar mazelas morais, deve-se premiar o trabalho, apenas isto. Aliás, provavelmente a única coisa mais ou menos (bem mais para menos) razoável em toda a ideologia de esquerda é a supremacia do trabalho, mas, claro, na prática, vemos exatamente o inverso. Governos de esquerda não premiam o trabalho, não o valorizam, pelo contrário, fazem pouco dele ao ajudar quem não trabalha. Desonere a folha de pagamentos e veja a explosão de empregos subsequente. Curiosamente, não foi um esquerdista quem melhor formulou a importância do trabalho, foi o Satanás, foi Adam Smith quem disse com todas as letras: a fonte de toda riqueza é o trabalho.

Esse dinheiro seria bem melhor utilizado em outras áreas "sociais", saúde, por exemplo. Enquanto tem nego morrendo por falta de médico nos hospitais do nordeste, Lula acha bacana dar dinheiro para quem abandonou seus filhos. Essa gente tem que ir prá cadeia, isso sim.

Claro, claro, o bom mesmo seria estimular seriamente a economia, montando uma boa infra-estrutura, para que cada um pudesse pagar seu próprio médico. Mas nem vamos tão longe, vamos ficar com o rasteiro mesmo, R$ 1.500,00 é o que muito médico ganha por aí no SUS. Ou seja, para cada família lazarenta abonada pelo crime cometido, se poderia contratar mais um doutor para ajudar os doentes pobres. Lula está tirando dos enfermos para dar aos infames. Simples assim.

E por que ele teria feito esse absurdo? Pode ser, digamos assim, apenas para aumentar o contingente de agraciados, ou seja, compra de votos, ou pode ser coisa pior, por exemplo atacar a sacralidade das crianças e da vida humana em geral, para ficar mais fácil a implantação de sistemas desumanos de governo, como aqueles socialistas da história recente. Por exemplo, outro dia um filósofo brasileiro assumidamente de esquerda disse com todas as letras que a pedofilia não é exatamente um mal. Conjecturas, verdade, mas o fato está aí.

quinta-feira, 11 de outubro de 2007

É FRESQUINHO...VENDE MAIS?

Nem tão light, mas tentando manter o clima de véspera de feriado, vale lembrar do livro/filme Infidelidade: a música pop é triste porque as pessoas são tristes ou as pessoas são tristes por causa da música pop?

Os filmes Romeu e Julieta, aquele do Di Caprio, e Mouling Rouge contaram histórias cujos diálogos se davam por meio de trechos ou músicas pop inteiras.

Uma história qualquer poderia ser tirada dos versos abaixo. Ganha um tostines quem souber as músicas de onde saíram.



Incendeiem a discoteca
Enforquem o bendito DJ
Porque a música que eles tocam constantemente
Não diz nada sobre a minha vida!



E se você olha, você olha através de mim
E quando você fala, é de mim
E quando eu te toco você não sente nada
Se eu pudesse ficar..... então a noite a deixaria
Fique, e o dia manteria a sua confiança
Fique, e a noite seria o bastante



Enquanto a vida vai e vem
Você procura achar alguém
Que um dia possa lhe dizer
-Quero ficar só com você
Quem inventou o amor?



Capitão América agora esta de volta
Agora ele é só um corno com o coração partido
Ele disse: me vire e me leve de volta pro começo



Eu odeio olhar naqueles olhos
E ver um traço de dor
Seus cabelos me lembram um lugar quente e seguro
Onde quando eu era criança eu me escondia



Cante comigo, cante pelos anos,
Canta pelo riso e cante pelas lágrimas,
Cante comigo, se for apenas por hoje,
Talvez amanhã o bom senhor o levará.



Não vou olhar pra trás
A saudade está morta
E já não me importa
Está longe demais

SAPIENTIA LUX

Véspera de feriado. Light é melhor, não? É atribuído a Sêneca o seguinte dito: o riso é o castigo dos costumes. E de Kierkgaard temos o seguinte: um homem que não ri de si mesmo não merece ser levado a sério. Direitos autorais à parte, é vero. Abaixo, piadinha antiga da net.

Para trocar uma lâmpada, quantas pessoas são necessárias?
Depende do tipo de pessoa:

Gays
Seis: um para trocar e cinco para ficar gritando: Linda! Poderosa! Maravilhosa! Divina! tuuudo!

Peruas
Duas: uma chama o eletricista e a outra prepara os drinques.

Psicólogos
Apenas um, mas a lâmpada PRECISA QUERER ser trocada.

Loiras
Cinco: uma para segurar a lâmpada e outras quatro para girarem acadeira.

Consultores
Dois... Um sempre abandona o trabalho no meio do projeto.

Bêbados
Um, só pra segurar a lâmpada, enquanto o teto vai rodando.

Ativistas Gays
Nenhum. A lâmpada não precisa mudar para ser aceita pela sociedade..

Cantores sertanejos
Dois: um troca a lâmpada e o outro escreve uma canção sobre o amor da mulher que a lâmpada iluminou. Amor com outro, claro...

Machões
Nenhum: macho não tem medo de escuro.

Patricinhas
Duas: uma pra segurar a Coca light e outra pra chamar o papai.

Argentinos
Um só: ele segura a lâmpada e o mundo gira ao seu redor.

Mulher com TPM (essa é a melhor de todas) Só ela! Sozinha!! Porque ninguém, dentro desta casa sabe como trocar uma lâmpada! É um bando de IMPRESTÁVEIS!!! Eles nem percebem que a lâmpada queimou! Eles podem ficar em casa no escuro por três dias antes de notar que a bosta da lâmpada queimou! E quando eles notarem, vão passar mais cinco dias esperando que EU troque a lâmpada, porque eles acham que eu sou a ESCRAVA deles!!! E quando eles se derem conta de que eu não vou trocar a lâmpada, eles ainda vão ficar mais dois dias no escuro porque não sabem que as lâmpadas novas ficam dentro da merda da dispensa! E se, por algum milagre eles encontrarem as lâmpadas novas, vão arrastar a poltrona da sala até o lugar onde está a lâmpada queimada e vão arranhar o piso todo, porque são INCAPAZES de saber onde a escada fica guardada! É inútil esperar que eles troquem a lâmpada, então sou eu mesmo quem vai trocá-la! E como eu sou uma mulher independente, vou lá e troco! E SOME DA MINHA FRENTE!!!

terça-feira, 9 de outubro de 2007

MAIS UM BIG BROTHER

A idéia de implantar chips nos veículos paulistanos é antiga e já fora aventada pela petista Marta Suplicy. Mais uma prova de que PSDB e PT são uma lesma lerda. O que interessa, porém, é a velha sanha esquerdista de controlar o destino de cada um. Na Austrália, faz já um tempo, o povo rejeitou a singela idéia de o governo estabelecer um único número de identificação para os cidadãos, um RG federal, por assim dizer. A terra dos cangurus, lembremos, foi colonizada pelos ingleses, povo de Locke e Churchill. Por aqui, sob as mais variadas desculpas, a privacidade e as idas e vindas dos cidadãos são cada vez mais monitoradas. Ainda falta muito para o inferno descrito por Orwell, mas não é por falta de vontade de nossos governantes.

Pior, sempre é pior. Em São Paulo é possível comprar nos camelôs cd´s com dados do serasa, da polícia, do fisco, etc. Agora imagine um chip que grava todas as suas andanças pela cidade, horários, lugares, etc. Imagine todas estas informações nas mãos dos nossos incomparáveis burocratas. Dali uma semana tudo que é marginal da cidade saberá o que você anda fazendo por aí e, óbvio, qual o melhor horário para visitar sua casa.

Um chip no veículo não é idéia má em si mesma, mas a coleta de tantas informações é absurda. Que fosse usado só para saber o básico relativo ao trânsito já estaria de bom tamanho e seria tolerável. Mas é claro que a esquerda não perderia a oportunidade de aumentar a vigilância sobre os cidadãos.

sexta-feira, 5 de outubro de 2007

BREGA, MAS MACHO

Para quem anda cansado daqueles pps melosos, aquele tormento de musiquinhas estridentes e anjinhos demoníacos, textinhos de auto-ajuda, aqui vai um meio diferente, mas igualmente "edificante":

http://rapidshare.com/files/60500506/Livre.pps (download)
http://www.slideshare.net/jjohnconstantine (web)