Carlos Cony já disse que até há quem goste de jiló, mas até hoje ninguém jamais gostou de pagar imposto. É a exceção à regra rodiguiana da unanimidade burra. A carga tributária brasileira é mastodôntica, claro, mas daí a ser contra a prorrogação da CPMF vai muita coisa. Qualquer redução no fardo de mel que carregamos (a alfafa fica conosco, claro) é bem vinda. Mas a atual campanha anti-prorrogação do imposto do cheque é pura manipulação sentimental promovida pela indústria da sonegação (empresários, contadores, advogados, vendedores de títulos, etc), porque este detesta tal tributo em razão unicamente do seu tremendo poder fiscalizatório. Se, numa barganha, o governo propusesse manter a CPMF em troca de redução da COFINS ou do IR não haveria campanha alguma. Não se iluda, essa é uma guerra de gangues, com uma delas cooptando inocentes para usar como bucha de canhão, povo que em revoluções e contra-revoluções é conhecido como idiotas úteis.
sexta-feira, 28 de setembro de 2007
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6 comentários:
Hi, John
Mas... não creio que o interesse de quaisquer grupos, em que pesem suas motivações, torne mais desculpável ou aceitável a CPMF...
E colocar uma finalidade nobre como desculpa para mantê-la é nada mais que isso mesmo: uma desculpa. E aqui sim eu vejo uma manipulação sentimental.
Desculpe, John...:)
Eu fico um pouco (mais) atrapalhada quando escrevo dentro desta caixinha... :)
Se descobrir como deletar comentários e depois apagar os rastros, me avisa ;)
Sim, o governo usa desculpas para sua prorrogação, como usou para sua criação.
Por incrível que pareça, o custo da CPMF é compensatório em razão do seu poder fiscalizatório, é o tipo de imposto que todos pagam. O que eu digo é que essa energia não deveria ser usada contra a CPMF, mas para reduzir alíquotas de outros impostos.
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