Se você é dos que acham que o mundo, o universo, a natureza possuem alguma lógica, aqui vai um fato bem contrário à idéia. Foi reverberada aqui (http://ocontra-ponto.zip.net/arch2007-08-19_2007-08-25.html#2007_08-23_17_11_23-11352788-0) a notícia sobre a pesquisa que encontrara no nariz a explicação para a diferença entre os sexos. Dos fatos escreveu-se o seguinte: Pessoal de Harvard e do Instituto Médico Howard Huges, capitaneados por Catherine Dulac, Jennings Xu e Tali kimchi, descobriram pode ser no nariz que se ache o pivô das diferenças entre os sexos de vertebrados, mais especificamente o órgão vomeronasal, responsável por detectar os feromônios. Pois os pesquisadores descobriram que fêmeas de camundongo, quando nascem sem o órgão, comportam-se como machos, inclusive subindo em outras fêmeas.
A Dra. Catherine ficou particularmente surpresa: “os resultados são surpreendentes. Ninguém imaginava que uma simples mutação poderia induzir fêmeas a se comportar como machos”.
A Dra. Catherine tinha uma hipótese maluca de que se desligasse o dito órgão nos machos, estes passariam a se comportar como fêmeas. Ela levou a coisa adiante e acabou acertando. A natureza realmente não é lógica.
O fato, agora, é que ratinhos com o vomeronasal desligados realmente se comportam como fêmeas. E isto é uma maluquice, sem dúvida. Pense o seguinte: se você fosse montar um robô que repetisse o crescimento humano, desde antes da definição de sexos, colocaria um, digamos, programa que acionasse caracteres femininos ou masculinos conforme uma dada situação. Até aí, é o normal da coisa: se ocorrer X, então o robô se tornaria mulher, não ocorrendo, manter-se-ia homem (ou inverso, tanto faz). Mas para que dois programas? É o que a natureza fez, aparentemente, com os ratinhos. As fêmeas nascem com um botão “macho” desligado e os machos com um botão “fêmea” desligado. Considerando que a natureza, através de erros e tentativas, sempre acaba, por assim dizer, optando pela via menos custosa, afinal especialmente entre seres vivos, energia é algo realmente caro, esta mistura é um desperdício de material (e da energia usada na sua confecção), posto que é simplesmente inútil um gene com a mesma função, mas sinal trocado, em machos e fêmeas, algo como uma variável com mesmo sinal em ambos os lados de uma equação qualquer (porque se anulam são inúteis).
Mas...alguém pode dizer que talvez haja uma explicação: talvez o comportamento tenha muito pouco a ver com o corpo (o que também seria uma violação à lei do menor esforço reinante na natureza, em se tratando de produto acabado) e machos e fêmeas passem a se comportar como tal à medida em que identifiquem e, principalmente, se diferenciem do sexo oposto e, assim, um ratinho que não consegue identificar as fêmeas acaba se comportando como uma. O problema é que assim sendo não há razão alguma para que machos se comportem como fêmeas e estas como aqueles, porque o normal seria que ambos se comportassem de um só modo ao não identificar o sexo oposto. Esta hipótese, ainda mais maluca, traz uma questão pertinente: os comportamentos sexuais independem dos corpos? Se a resposta for positiva, é bem razoável assim pensar, então o homossexualismo ganharia mais uma base científica. Claro, sempre haveria o velho problema de se confrontar a moral vigente com a ciência, um erro crasso que vem se repetindo ad nauseam por esses dias.
Uma pesquisa dessas, em que pesem as ressalvas de sua pouco ou improvável aplicação a humanos, vem em reforço à idéia bem new age de que todo homem tem um pouco de mulher e vice-versa. Coisa clara e completamente inútil sob qualquer ponto de vista, posto que as relações entre ambos não precisam de tamanhas imbricações científicas para tomarem este ou aquele rumo. Mais uma vez: ciência não é para se opor à moral, é para melhor descrever o mundo natural. Com este conhecimento podemos, conforme seja mais ou menos razoável, alterar nossa moral.
Seja como for, taí o braço bem torcidinho. Mas que a hipótese da Dra. Catherine era maluquice, lá isso era.
A Dra. Catherine ficou particularmente surpresa: “os resultados são surpreendentes. Ninguém imaginava que uma simples mutação poderia induzir fêmeas a se comportar como machos”.
A Dra. Catherine tinha uma hipótese maluca de que se desligasse o dito órgão nos machos, estes passariam a se comportar como fêmeas. Ela levou a coisa adiante e acabou acertando. A natureza realmente não é lógica.
O fato, agora, é que ratinhos com o vomeronasal desligados realmente se comportam como fêmeas. E isto é uma maluquice, sem dúvida. Pense o seguinte: se você fosse montar um robô que repetisse o crescimento humano, desde antes da definição de sexos, colocaria um, digamos, programa que acionasse caracteres femininos ou masculinos conforme uma dada situação. Até aí, é o normal da coisa: se ocorrer X, então o robô se tornaria mulher, não ocorrendo, manter-se-ia homem (ou inverso, tanto faz). Mas para que dois programas? É o que a natureza fez, aparentemente, com os ratinhos. As fêmeas nascem com um botão “macho” desligado e os machos com um botão “fêmea” desligado. Considerando que a natureza, através de erros e tentativas, sempre acaba, por assim dizer, optando pela via menos custosa, afinal especialmente entre seres vivos, energia é algo realmente caro, esta mistura é um desperdício de material (e da energia usada na sua confecção), posto que é simplesmente inútil um gene com a mesma função, mas sinal trocado, em machos e fêmeas, algo como uma variável com mesmo sinal em ambos os lados de uma equação qualquer (porque se anulam são inúteis).
Mas...alguém pode dizer que talvez haja uma explicação: talvez o comportamento tenha muito pouco a ver com o corpo (o que também seria uma violação à lei do menor esforço reinante na natureza, em se tratando de produto acabado) e machos e fêmeas passem a se comportar como tal à medida em que identifiquem e, principalmente, se diferenciem do sexo oposto e, assim, um ratinho que não consegue identificar as fêmeas acaba se comportando como uma. O problema é que assim sendo não há razão alguma para que machos se comportem como fêmeas e estas como aqueles, porque o normal seria que ambos se comportassem de um só modo ao não identificar o sexo oposto. Esta hipótese, ainda mais maluca, traz uma questão pertinente: os comportamentos sexuais independem dos corpos? Se a resposta for positiva, é bem razoável assim pensar, então o homossexualismo ganharia mais uma base científica. Claro, sempre haveria o velho problema de se confrontar a moral vigente com a ciência, um erro crasso que vem se repetindo ad nauseam por esses dias.
Uma pesquisa dessas, em que pesem as ressalvas de sua pouco ou improvável aplicação a humanos, vem em reforço à idéia bem new age de que todo homem tem um pouco de mulher e vice-versa. Coisa clara e completamente inútil sob qualquer ponto de vista, posto que as relações entre ambos não precisam de tamanhas imbricações científicas para tomarem este ou aquele rumo. Mais uma vez: ciência não é para se opor à moral, é para melhor descrever o mundo natural. Com este conhecimento podemos, conforme seja mais ou menos razoável, alterar nossa moral.
Seja como for, taí o braço bem torcidinho. Mas que a hipótese da Dra. Catherine era maluquice, lá isso era.
2 comentários:
É, amigo John, na maioria das vezes lemos coisas desse pessoal das altas esferas científicas que publicam complexas teses porque ninguém pode provar nada no sentido contrário. Sobre esses escritos e ostensivas campanhas publicitárias, hoje escrevi algo no meu blog - gentileza acessar http://admiraveldesedizer.blogspot.com/
Mas sabes que mesmo com o braço torcido não me convenci ainda?
Bem, pelo que entendi, a parte que eu achei que faltava na pesquisa da outra vez foi feita... o teste com os machos...mas ainda assim...tens a matéria? manda pra mim?
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