sexta-feira, 23 de novembro de 2007

OS TIJOLOS DO ESPÍRITO HUMANO SÃO MATERIAIS

Tem a ver com sobrevivência da espécie, não com certo ou errado, mas recente pesquisa americana marcou mais um gol na peleja batida entre, digamos, inatistas e, digamos, culturalistas; tento pro primeiro time. A bem da verdade, é coisa passada a briguinha, mas que resta ainda tradicional em certos círculos, especialmente nas humanas que insistem em dizer que estão vencendo, mais particularmente no nosso amado país. Trata-se do fato de que crianças que nem começaram a falar já sabem distinguir entre pessoas boas e más. Lembremos: sem comunicação não há cultura, portanto, as crianças não foram ensinadas a distinguir entre, vá lá por licença poética, o certo e o errado. Inteligência social é menos social do que biológica. O estudo foi publicado na Nature.

Turma de Yale, capitaneada pela Dra. Kiley Hamlin, fez um estudo bastante simples até: pegou doze nenês com seis meses de idade e outros dezesseis com dez, fazendo com que assistissem várias vezes um desenho animado, desenvolvido pela equipe, cuja história envolvia três personagens. A primeira, subia uma montanha; a segunda, ajuda a primeira, empurrando-a para cima; a terceira, atrapalha a primeira, empurrando-a para baixo. Ato seguinte, os pesquisadores mostraram aos bebês bonecos das segunda e terceira personagens para que escolhessem entre um e outro. Todas as crianças de seis meses e catorze dos de dez escolheram o boneco que ajudava a primeira personagem a subir a montanha. Enfim, crianças são capazes de escolher entre pessoas que fazem coisas boas e más. Ninguém ensinou, até porque é impossível ensinar algo dessa complexidade sem a fala. Portanto, seres humanos possuem um sentido inato do que sejam condutas boas e más, aceitáveis ou não dentro de um ambiente social.

Os pesquisadores afirmam que tais descobertas indicam que os “humanos realizam avaliações sociais num estágio muito anterior de desenvolvimento do que se pensava, e sustenta a tese de que a capacidade de avaliar indivíduos com base em suas interações sociais é universal e não depende de aprendizado”.

Para ter certeza de que não haveriam outras explicações, a galera de Yale fez outras experiências quanto às preferências dos infantes, as quais afastaram, por exemplo, a possibilidade de que eles simplesmente preferissem coisas que sobem ao invés de coisas que descem; ou então que se se tratasse das aparências do bonecos.

Segundo a Dra. Hamlin, não se pode dizer desta predileção “se é algo inato, mas podemos dizer que é algo pré-lingüístico”. E acrescentou: “Nós não achamos que esses bebês têm qualquer noção de moral, mas parece ser uma parte essencial da moralidade sentir uma empatia por aqueles que fazem coisas boas e o contrário por aqueles que fazem coisas más – parece ser uma parte importante de um sistema racional e moral que virá depois.”

A Dra., ao que tudo indica, só não quis por o dedo na ferida e nem meter a mão em cumbuca, porque se crianças sem aprendizado diferenciam pessoas boas de pessoas más, conforme suas ações, então isto só pode ser inato.

Quem quiser acreditar que isto anula o papel da educação, fique à vontade. Mas dá para dizer que, entre outras coisas, a educação pode manter e reforçar este, digamos assim, instinto. E, claro, também pode anular. Enfim, o maniqueísmo fica por conta do freguês, a pesquisa só retratou a natureza, mostrando como ela é. O que se faz desse conhecimento é outro papo. Sempre é.

FECHANDO A TORNEIRA

Em breve os planos de saúde cobrirão despesas relativas, segundo nota oficial, a "planejamento familiar", tais como DIU, laqueadura e vasectomia.

Foi um acordo feito entre ANS e os planos. Ninguém sabe dizer exatamente o que cada parte perdeu na negociação.

Taí, gravidez indesejada vai cada vez mais se tornando um simples caso de relaxo e, óbvio, de descaso com a vida humana.

terça-feira, 20 de novembro de 2007

QUANDO OS PORCOS VOMITAM PÉROLAS

Há quem diga, parodiando ou adequando, vai do gosto do freguês, que de onde menos se espera daí é que não sai nada mesmo. Pois se deu recente caso incrível, que vem a integrar a série “ainda há esperança”. E não é que um dos mais bajulados esquerdistas do mundo jurídico saiu-se com uma intervenção contra um ato de louvor a um ícone da “luta dos oprimidos”. Dona Martaxa sancionou uma lei criando um feriado novo, o do dia da consciência negra, seja lá que diabos isto venha a ser. Pois o dotô Adilson Dallari, dono de um invejável currículo nas fileiras vermelhas (e na academia em geral, a bem da verdade), cravou sem dó nem piedade (e tomara que comece a acreditar no que escreveu):

"Por força da lei Municipal de SP 13.707/04, foi instituído o feriado municipal do 'Dia da Consciência Negra', a ser comemorado todos os dias 20 de novembro. A Lei municipal foi supostamente editada com base no artigo 11 da Lei Federal 605/49, a qual, todavia, somente autorizaria a instituição de um feriado religioso. Assim sendo, é forço concluir que, ao sancionar a Lei, Dona Marta assumiu as funções do Papa e canonizou um novo santo : 'São Zumbi'. A usurpação cometida é problema da igreja católica, mas a violação da Constituição Federal é problema de todos e cada um de nós, que, lamentavelmente, por desencanto ou por medo da pecha de racista, ou de ser integrante 'da zelite', toleramos mais essa pequena inconstitucionalidadezinha e assim seguimos convivendo com corrupçõeszinhas, assaltozinhos, estuprozinhos... acabando por achar tudo isso normal."

Fosse da lavra de Olavo de Carvalho, Reinaldo de Azevedo, Rodrigo Constantino, ou mesmo nascido neste blog, seria coisa do tipo chover no molhado, mas vindo de onde vem é uma brisa nesse deserto. E que continue.

quarta-feira, 14 de novembro de 2007

O MITO MAIS PODEROSO DO MUNDO?

A psicóloga Marcela Ortolan envia interessante nota sobre a anedota abaixo dos porcos selvagens:

Gostei muito do texto que vocês enviaram sobre os porcos selvagens. Gostei tanto que gostaria de fazer algumas considerações. O objetivo do texto é fazer uma analogia entre o método usado na captura dos porcos selvagens e como as "agencias de controle" nos "domesticam" de acordo com os seus interesses sem que a gente perceba.

A descrição do procedimento usado na captura dos porcos selvagens é chamado, na psicologia, de processo de modelagem por aproximações sucessivas pelo do uso de reforço positivo. Acho interessante que a descrição deste processo esteja sendo usado como elemento de tomada de consciência, possibilitando que os leitores de tal texto, a partir do momento que conhecem uma forma de "controle", possam escolher qual a melhor forma de agir de acordo com os seus princípios.

Interessante por que uma das criticas mais fortes ao Behaviorismo Radical é o fato de ele tornar claro estes "métodos de controle", afinal a existência destes vai de encontro ao que conhecemos como "livre-arbítrio". Alias, Goethe em 1774 – algumas décadas antes do surgimento do behaviorismo radical - já havia feito uma observação neste sentido no seu conhecido livro "Os sofrimentos do jovem Werther":

"Todos os pedagogos eruditos são unânimes em afirmar que as crianças não sabem por que desejam determinada coisa; mas também os adultos, como as crianças, não andam ao acaso pela terra, e, tanto quanto elas, ignoram de onde vêm ou para onde vão; como elas, agem sem propósito determinado e, igualmente, são governados por biscoitos, bolos e varas de marmelo: eis uma verdade em que ninguém quer acreditar, embora seja óbvia, no meu entender." p. 15, Goethe, Os Sofrimentos do Jovem Werther. (grifo nosso)

Sobre tais criticas a resposta de Skinner era que ignorar o controle não faz com que ele deixe de existir, mas conhecê-lo possibilitaria uma real liberdade: a liberdade de escolher a qual controle gostaríamos de responder e/ou de criarmos nossos próprios controles. Por isso, foi com alegria que li o texto sobre "Como capturar porcos selvagens".
Quanto ao texto gostaria apenas de fazer mais dois apontamentos. Primeiro: esses métodos não são exclusividade de nenhum tipo de governo: capitalistas, comunistas, socialistas, talebãns, PT, PV, PSDB... todos usam o mesmo método, alguns com de forma mais elaborada que outros. Por isso cuidado ao fazer avaliações fechadas quanto isso.

Segundo: esse procedimento é usado para coisas "boas" também. Na verdade, boa parte do que aprendemos é por este métodos. Poderia usar exemplos técnicos para ilustrar isso, mas vou usar a descrição de como formamos laços afetivos de amizade uns com os outros feita por Antonie de Saint-Exupéry no seu livro O Pequeno Príncipe:

"- Por favor... cativa-me! disse ela.
- Bem quisera, disse o principezinho, mas eu não tenho muito tempo. Tenho amigos a descobrir e muitas coisas a conhecer.
- A gente só conhece bem as coisas que cativou, disse a raposa. Os homens não têm mais tempo de conhecer alguma coisa. Compram tudo prontinho nas lojas. Mas como não existem lojas de amigos, os homens não têm mais amigos. Se tu queres um amigo, cativa-me! - Que é preciso fazer? perguntou o principezinho.
- É preciso ser paciente, respondeu a raposa. Tu te sentarás primeiro um pouco longe de mim, assim, na relva. Eu te olharei com o canto do olho e tu não dirás nada. A linguagem é uma fonte de mal-entendidos. Mas, cada dia, te sentarás mais perto...
No dia seguinte o principezinho voltou.
- Teria sido melhor voltares à mesma hora, disse a raposa. Se tu vens, por exemplo, às quatro da tarde, desde as três eu começarei a ser feliz. Quanto mais a hora for chegando, mais eu me sentirei feliz. Às quatro horas, então, estarei inquieta e agitada: descobrirei o preço da felicidade! Mas se tu vens a qualquer momento, nunca saberei a hora de preparar o coração... É preciso ritos.
- Que é um rito? perguntou o principezinho.
- É uma coisa muito esquecida também, disse a raposa. É o que faz com que um dia seja diferente dos outros dias; uma hora, das outras horas. Os meus caçadores, por exemplo, possuem um rito. Dançam na quinta-feira com as moças da aldeia. A quinta-feira então é o dia maravilhoso! Vou passear até a vinha. Se os caçadores dançassem qualquer dia, os dias seriam todos iguais, e eu não teria férias!
Assim o principezinho cativou a raposa." (grifo nosso).

A raposa foi se acostumando ao Princezinho assim como os porcos foram acostumando-se com a cerca. A cada dia ele chegava mais perto e ela foi se acostumando com a sua presença e com o tempo pode descobri-lo como agradável, como os porcos descobriram o alimento. Veja: fazer laços não é ruim. Pelo contrário, é algo que "dá sentido a vida" e por falar disso de forma tão simples esse livro fez e faz tanto sucesso.

Pelo mesmo processo de reforçamento positivo e aproximações sucessivas aprendemos quase tudo na vida. A outra opção é por uso de punição, ao qual ninguém gosta de ser submetido.

Obrigada pela atenção
Um abraço
Marcela Ortolan

Bem, o caso é que se trata justamente de se perceber que se trata de um controle. Em política, algo assim só é tolerado apenas e tão somente se os cidadãos consentem expressamente com a coisa. O uso desse mecanismo de modo oculto é sempre uma tirania disfarçada. Que o ambiente nos molde por acaso é uma coisa, que um governo use recurso públicos para condicionar as pessoas a este ou aquele modelo social é coisa bem diversa. Conforme dito, parece que Skinner seria dessa mesma opinião.

Quanto ao pequeno príncipe, parece claro que o mesmo tem um olhar bastante efeminado, pejorativamente falando, da realidade. Afinal, que vantagem Maria leva em se aproximar da raposa? E não foi a mesma raposa, malandramente, quem bem lembrou que "tu te tornas responsavél por tudo que cativas?" Essa ingenuidade principesca é contraproducente ao sobreviver e, para quem por esse caminho se vai, não há elevação espiritual possível sem a sobrevivência corpórea; nem tudo que é bom para o corpo é bom para o espírito, mas tudo o que é mau para o corpo o é também àquele.

NATUREZA DISLÉXICA E DALTÔNICA

Se você é dos que acham que o mundo, o universo, a natureza possuem alguma lógica, aqui vai um fato bem contrário à idéia. Foi reverberada aqui (http://ocontra-ponto.zip.net/arch2007-08-19_2007-08-25.html#2007_08-23_17_11_23-11352788-0) a notícia sobre a pesquisa que encontrara no nariz a explicação para a diferença entre os sexos. Dos fatos escreveu-se o seguinte: Pessoal de Harvard e do Instituto Médico Howard Huges, capitaneados por Catherine Dulac, Jennings Xu e Tali kimchi, descobriram pode ser no nariz que se ache o pivô das diferenças entre os sexos de vertebrados, mais especificamente o órgão vomeronasal, responsável por detectar os feromônios. Pois os pesquisadores descobriram que fêmeas de camundongo, quando nascem sem o órgão, comportam-se como machos, inclusive subindo em outras fêmeas.

A Dra. Catherine ficou particularmente surpresa: “os resultados são surpreendentes. Ninguém imaginava que uma simples mutação poderia induzir fêmeas a se comportar como machos”.

A Dra. Catherine tinha uma hipótese maluca de que se desligasse o dito órgão nos machos, estes passariam a se comportar como fêmeas. Ela levou a coisa adiante e acabou acertando. A natureza realmente não é lógica.

O fato, agora, é que ratinhos com o vomeronasal desligados realmente se comportam como fêmeas. E isto é uma maluquice, sem dúvida. Pense o seguinte: se você fosse montar um robô que repetisse o crescimento humano, desde antes da definição de sexos, colocaria um, digamos, programa que acionasse caracteres femininos ou masculinos conforme uma dada situação. Até aí, é o normal da coisa: se ocorrer X, então o robô se tornaria mulher, não ocorrendo, manter-se-ia homem (ou inverso, tanto faz). Mas para que dois programas? É o que a natureza fez, aparentemente, com os ratinhos. As fêmeas nascem com um botão “macho” desligado e os machos com um botão “fêmea” desligado. Considerando que a natureza, através de erros e tentativas, sempre acaba, por assim dizer, optando pela via menos custosa, afinal especialmente entre seres vivos, energia é algo realmente caro, esta mistura é um desperdício de material (e da energia usada na sua confecção), posto que é simplesmente inútil um gene com a mesma função, mas sinal trocado, em machos e fêmeas, algo como uma variável com mesmo sinal em ambos os lados de uma equação qualquer (porque se anulam são inúteis).

Mas...alguém pode dizer que talvez haja uma explicação: talvez o comportamento tenha muito pouco a ver com o corpo (o que também seria uma violação à lei do menor esforço reinante na natureza, em se tratando de produto acabado) e machos e fêmeas passem a se comportar como tal à medida em que identifiquem e, principalmente, se diferenciem do sexo oposto e, assim, um ratinho que não consegue identificar as fêmeas acaba se comportando como uma. O problema é que assim sendo não há razão alguma para que machos se comportem como fêmeas e estas como aqueles, porque o normal seria que ambos se comportassem de um só modo ao não identificar o sexo oposto. Esta hipótese, ainda mais maluca, traz uma questão pertinente: os comportamentos sexuais independem dos corpos? Se a resposta for positiva, é bem razoável assim pensar, então o homossexualismo ganharia mais uma base científica. Claro, sempre haveria o velho problema de se confrontar a moral vigente com a ciência, um erro crasso que vem se repetindo ad nauseam por esses dias.

Uma pesquisa dessas, em que pesem as ressalvas de sua pouco ou improvável aplicação a humanos, vem em reforço à idéia bem new age de que todo homem tem um pouco de mulher e vice-versa. Coisa clara e completamente inútil sob qualquer ponto de vista, posto que as relações entre ambos não precisam de tamanhas imbricações científicas para tomarem este ou aquele rumo. Mais uma vez: ciência não é para se opor à moral, é para melhor descrever o mundo natural. Com este conhecimento podemos, conforme seja mais ou menos razoável, alterar nossa moral.

Seja como for, taí o braço bem torcidinho. Mas que a hipótese da Dra. Catherine era maluquice, lá isso era.

quinta-feira, 8 de novembro de 2007

CONTRA A MARÉ, TODO SOPRO É BEM VINDO

Longe de serem grandes filmes, mesmo para padrões Hollywoodianos atuais, vale a pena dar uma olhada em dois filmes nem tão recentes, que, de bom mesmo só tem a presença de dois medalhões em boa forma. É que ambos são inéditos em expor vertentes contra a corrente atual do politicamente correto. Já é o suficiente a pagar o ingresso e a pipoca.

Um é o Mercador de Pedras, que defende cruamente a existência de uma guerra de civilizações, assunto nem sequer ventilado na cultura Timeseana atual; no elenco, Harvey Keittel, como um vendedor de pedras raras conquistador do mulherio, uma bizarrice que já paga o ingresso. O vendedor é um muçulmano integrante de uma célula terrorista, que vem a conhecer a esposa de um jornalista paranóico, mutilado das pernas num atentado. Deixa claro, e pode ser dito sem estragar o final, que os terroristas não querem algum espaço no mundo, querem é por abaixo a civilização ocidental. Fala claramente da versão wahabita do islã e da sua predominância na política do oriente médio, inclusive na Arábia Saudita, até hoje considerada aliada dos EUA.

O outro é Os Invasores, no qual se expõe exatamente o que vem a ser um mundo coletivista e em que as pessoas deixam seus interesses e emoções de lado em prol de um bem comum, outro tabu atacado de frente, já que impera para todo canto a idéia de que devemos agir na base do altruísmo; conta com Daniel Craig, o atual 007, num papel inócuo e numa atuação bem aquém e com a sempre e cada vez mais bela Nicole Kidman, numa boa atuação, pela falta de maneirismos, como a psiquiatra que encarna o lado ruim da humanidade, ou seja, aquele em que cada um cuida de si e procura não atrapalhar os demais e só. Um vírus alienígena começa a transformar as pessoas em seres insensíveis, que só fazem, digamos assim, o que é bom para todos, deixando de pensar e agir individualmente, posto que não possuem mais emoções, logo não são mais egoístas, ranzinzas, etc. Conforme se espalha, guerras vão se acabando, a violência diminui. Só que ninguém deseja mais nada, exceto servir à uma missão não muito bem esclarecida. No final, também sem estragar surpresa nenhuma, uma repórter pergunta a um cientista se de fato o vírus era carta fora do baralho, o qual responde apenas: você tem lido os jornais? O mais corajoso do filme é dizer que um mundo ideal só é possível se abdicarmos de nossa humanidade.

É de se dizer, mais uma vez, e que venham outras, que nem tudo está perdido, afinal. Parece.

GRACINHAS VANGUARDISTAS (HÁ QUEM CHAME DE LITERATURA)

(Modernamente):

Porra, conto erótico é um saco.

terça-feira, 6 de novembro de 2007

ACASO FÚTIL

Jogos de internet, trata-se de uma espécie de corrente para criar um piada sem fim, algo do tipo “complete a frase”. Tempos modernos, guerra pela audiência, uma incrível e inenarrável falta de tempo e mais uma tantada de outras coisas levam a equipe deste fixado rotativo a aderir a um. Autoria desconhecida, o que realmente pouco importa.

Consiste este em pegar o mais próximo livro, abrir na página 161 e escolher a quinta frase completa ali constante. Repete-se no blog e indica-se em blog alheio. Fácil assim.
Vindos de lados opostos, dois livros disputaram a categoria e não havendo modo razoável de resolver a pendenga, perderam os dois. Deu o seguinte:

1) Mas serão retroativas, por serem atinentes a direitos pessoais puros e a direitos pessoais patrimoniais (os de crédito e os obrigacionais), as constantes, por exemplo, nos arts. 1565 a 1570, 1642, 1643 a 1652. (Curso de direito civil, volume V, Maria Helena Diniz)

2)Além disso, encontrando uma base evolucionária para o altruísmo, a sociobiologia mostra que o senso de justiça tem raízes profundas na mente das pessoas e não precisa contrariar nossa natureza orgânica. (Tábula Rasa, Steve Pinker)
E não é que até por acaso se encontra algo para bater nos nossos amados intelequituáiz?